Tuesday, April 24, 2012

que se foda o cristo-rei de alhandra

a fé na paixão que emerge e causa sôfregos e duradouros momentos que se odeia mas não quer evitar. cair nas garras da e.t. que não é deste mundo.

dar-lhe-ia tudo quanto pudesse para além da minha própria emancipação, sendo um heroi, o dela.

divido entre a poesia e a prosa entro num conforto, o do não-controlo.

como me fez falta quando decidi conversar, estragar, terminar. quereria levá-la comigo, se fosse essa a sua vontade, quero respeitar a vontade dessa mulher, que me deu tanto.

 começou tão simplesmente, no escuro, na cama:
-fred - um instante enorme, um silêncio gigante - amo-te.

 será que ainda é assim?

 criei tantas imagens sempre de amoricos, levantando-os para ser algo magnífico, mas irreal.

 tal não sucede agora. mais real que alguma vez senti.

 se te chorei é porque te quero, se te roguei pragas é porque as rogo a mim mesmo.
 se te desiludi desapareço.

 seria um passeio de absolvição, do que para trás fiz mal, sempre, em tudo. estaria na tua companhia, bem. veríamos outras terras e pessoas, estaríamos horas calados. só a ouvir e a ver o que apareceria. minha barba crescia, minha cara mudava, envelhecia. teus braços ficariam fortes, de me sustentares, protegeres. e teus olhos, intocáveis.

 essa estrada onde andamos, onde descobrimos belezas sem igual, onde fomos já atropelados, é a mais bela estrada da vida. é a mais bela estrada da vida.

Sunday, January 29, 2012

would make all this shit worth it

a day in all of its silent strains, where effort is a pull that affects you. That pleases you. when you are finally touched by this strength you did not know, it simultaneously grabs you with such levity that the touch can't possibly be charged with power. but with grace. like something you see and mesmerizes you of how atrociously accurate it remains, how pretty - as if that moment where you've realized how pleasing can actually take form, and take you. there is light amidst this thought, and water as well. you don't shun none of these off, tis not a reflexion in your eyes that shies your sight or hinders your gaze, nor can it disturb, at all, as stepping on a puddle or getting sn unexpected splash from a passing car, at the curb, under the rain. no. the essence. the luminance and the refreshment. you linger back and arms catch, invisible limbs of velvetty sensation and equine candure toward your body. as the perfect day emerges in your mind, that it IS IN FACT taking place you lay down. fight off the cry, tears of how long you've expected this fucking thing to take place. that all the energy and pointless brain bombs you've put into the accomplishment of bliss. a song plays. a voice speaks, ever so discreet, another sings, altogether precise. that exact tone and melody you would desire hearing marching head on in ideal synchronicity with the instruments that give you balance. not too loud. realtives that have died and friends that have failed you or forgotten you, bad choices. all this melancholy. this moment is a rapture. it is a premise that would seem and feels still impossible. your face is frozen in happiness and the body is numb in lack of pain. you remember your favorite person, they smile to you. you smile back and return all of its meaning.

all this and more on a much deserved day that you desired, that YOU GET.

a lifetime in this description.

Tuesday, January 3, 2012

tive a ler te

encosta se a uma parede fria, por causa do calor
quando fecha os olhos em prazer o refresco e o descansativo
ve se noutro sitio
sente aquilo que experiencia sempre que acorda, aquilo que lhe é muito específico
nada novo

inserir facto da vida e/ou ensinamento absoluto da existencia

sinto me bem hoje, gostei imenso de andar durante aquele bocado.
foi imenso tempo
sim
mas foi tao bom
sim
o sol beijou nos
os passaros sorriram nos
pois foi
pois foi
tenho alguma fome
vamos comer
morangos

um fruto mais vermelho e amoroso que a minha musica de amor preferida

uma alegria palpável num ar grosso que o conhecimento nao quis possível.
adoro escrever te

encontro te no porto e trago te de volta um pequeno cafe escuro sem um infímo grao de açucar.

Wednesday, December 1, 2010

A Assunção

Já não faço aqui uma menção de minhas opinações e ficcionamentos invertebrados ha algum tempo. Tenho escrito de forma mais abastada, mais expansiva. Que é que há que se diga?

Porque queremos sempre aquilo que não podemos ter, ou melhor, que não nos quer a nós? é algo irritante esta lei de uma percentagem mais que muita da humanidade. Enfim, eu, por muitos anos, em certos sectores, não conheci esse ponto negativo. Havia sorte e bom "parlar" que me guiava no caminho certo, até que essa magnifica auto-estrada chegou ao fim e fiquei em vez com o desejo de ter saido na ultima saida. Teria ficado lá para sempre, contribuindo para a camada do ozono nunca mais gasolinando a atmosfera. De quando em vez, o erro faz-se, é triste mas a egomania tem a bondade da auto-estima e da confiança, mas quando essa mesmo é manchada o resultado é uma lastima, terrivel e merdoso.

Derramaria sangue por ti meu amor,
Correria prados para gritar com clamor
Que te quero e estimo e cuido
Que me fico e respiro e sou

Aquele que te ganhou

Thursday, August 19, 2010

Malcolm. First instalment. He shall be revisited

try my other place, maybe i'm there.
can´t really be sure but if you get there not a doubt invades me that you'll find a way.
persisting through the left, be it to the right. confidence dear, confidence.
oh and by the way, your car...it isn't working too great. you might want to give a look into that.

- why the fuck you do you have to be so confusing?! I can't understand a thought you give, thats just it. you dont give it!

you can find me, i'm positive. as i said, and always as a matter of fact, it's just a question of persistence.


- malcolm, listen. and carefully, cause i'll say it once. you know signs? the aids of traffic to one who'd like to know there way, if they'd best go through one way or other to sooner reach the end of their route, the destination? well, these things are helpful, give a chap or a doll a way to a way, a path to their path. but you see, when you talk; you do the fucking opposite!

well, thats one way to look at it...

-no, it's the only way!

ok. well then, let me tell you a story. you remember my mother? that beautiful woman that used to give us a glass of water if we were thirsty, a sandwich if we were hungry, a hug if we were needy? she's gone to help someone, i'm all grown up. i have my own life, she got a big van and filled it with perpetual undying groceries, and bread that never goes hard, and a fountain of water. she's gone to a place were some are poor, and the others are poor-er. to do some good. but thats got nothing to do with the story.

-malcolm!

ok, forget it. i will meet you, wherever you are. we can go for a drive. just that, nothing other than. just the joy of a drive without the stress of an hour, an appointment, a place.

-i'd rather walk.

whereto?

Wednesday, August 18, 2010

trutas

a margem deste rio é sedosa
bem como o seu fundo é arenoso
aquilo que eu em ti toco parece que não é
aquilo que eu ti vejo deixa-me cansado

a marca tá presente, de uma vontade
da tua presença
permanente

o que eu caio se te vejo e não és minha
o que eu quero, o que eu não tenho, ansiedade
vou nadar, ao largo da margem, talvez te encontre
vou mergulhar até essa cama fluvial, talvez te toque

e fecho os olhos e não os quero abrir
e depois chamas-me
e depois contas-me
agora retrais
agora negas

não há amor, nem sequer despeito
não há ouro, não há plenitude
em vez o sol vejo-o de frente e sou contente
em vez esta água, ela envolve-me, sou um crente

de que tudo pode ficar bem,
de que tudo pode ficar bem
agora fecho-me, agora caio
adormeço, não estou mais na margem, não estou mais no fundo
agora boio, agora flutuo
plena, permanentemente de este mundo

para o outro

Friday, August 13, 2010

o derrame do meu antigo amor

do erro que se fez obrigado
da demência que se torna em torno deste fado
Ele que não canta o belo, mas o desencanto e o desordeiro
ele que não se arrepende, que não se prende

são como escritos incomparáveis,
como nobre, como rascos
de bom augurio, como nefastos
deixa-se o testamento
resta um típico agravamento pois nada fica para filhos
nada resta para família, nem se quer para amigos
tudo cai em cacos, as confianças feitas em pedaços

desejariam-no morto, mas depois o que se colheu não foi feliz
nem tão pouco a saudade
em vez restou uma maior vontade de nem se quer celebrar um funeral
simplesmente restava, a que não sabiam, a verdade

Quando encontrou o barco, entrou nele. Não sabia nadar, não conhecia estas marés, estes caminhos e o nevoeiro caía que nem a cinza de um incêndio de agosto. Entrou e remou, haviam duas longas extensões de timbre aos braços e simplesmente foi. A ilha tinha lá a sua família aut|entica, a que o havia visto nascer e com quem tinha crescido. Enterrados no topo da colina, os pais, o irmão. Todos estes outros eram facínoras, eram pegajosas e desnonradas pessoas que queriam saquea-lo. Deixou tudo para a empregada dos pais, aquela que o havia educado e tomado conta deles até á sua última respiração. Morreu ele no regresso da ilha, morreu ela quando soube da notícia. Mas tinha um filho, um rapazinho muito simpático, já com uma família de pessoas estimadas.



Tenho saudades de ser querido, sinto falta de ter alguma importância. Bem sei que na verdade nunca a tive, mas era-me iludida essa condição de forma tão impecavel que chegava a ser feliz.